Eletrocardiograma com estetoscópio
O que é Arritmia Cardíaca?

Arritmia

Arritmia cardíaca é uma condição que altera a o batimento normal do seu coração. Isso pode fazer o seu coração bater muito rápido (uma condição conhecida como taquicardia), muito devagar (bradicardia) ou de maneira irregular. As arritmias podem surgir por diversas razões e afetam pessoas de todas as idades, desde crianças, jovens, atletas e até idosos. Embora algumas arritmias possam ser inofensivas, outras podem ser sérias ou até mesmo ameaçadoras à vida, tornando importante a busca por avaliação médica se você notar qualquer irregularidade nos batimentos do seu coração.

Sintomas das arritmias

Quais são os sintomas mais comuns das arritmias?​

Palpitações

Sensação de coração batendo rápido, pulando batidas ou tremendo.

Fadiga

Sentimento de cansaço extremo ou fraqueza.

Falta de Ar

Dificuldade em respirar, que pode se intensificar com a atividade física.

Tratamentos das Arritmias - Cardioneuroablação
Batimentos no Pescoço

Sensação de batimentos cardíacos na área do pescoço.

Tontura ou Desmaio

Sensação de tontura, podendo levar a desmaios.

Dor no Peito

Desconforto, pressão ou aperto no peito.

01.

Fibrilação Atrial (FA)

A Fibrilação Atrial, ou FA, é um dos tipos mais comuns de arritmia cardíaca em que os átrios, as câmaras superiores do coração, batem de forma irregular e acelerada.

Enquanto isso, os ventrículos, as câmaras inferiores que bombeiam o sangue, podem responder de forma mais lenta, com frequência normal ou também acelerada. Esta irregularidade pode impedir que o coração bombeie sangue de maneira eficaz.

Alguns indivíduos com FA podem não sentir sintomas, enquanto outros podem notar palpitações, fadiga, falta de ar ou tontura. A FA aumenta o risco de coágulos sanguíneos que podem levar a um acidente vascular cerebral, ou causar uma fadiga crônica do coração que pode enfraquecê-lo no longo prazo, tornando o tratamento vital.

O tratamento pode incluir medicamentos para reduzir o risco de coágulos, controlar a frequência cardíaca, ou procedimentos como a cardioversão ou ablação cardíaca. Com um diagnóstico correto e gerenciamento cuidadoso, a FA pode ser efetivamente controlada.

02.

Flutter Atrial

Flutter Atrial, também conhecido apenas como Flutter, é uma arritmia cardíaca em que os átrios, as câmaras superiores do coração, batem muito rapidamente, mas de maneira organizada pois o impulso elétrico que ativa o coração fica rodando no átrio direito de maneira contínua.

Isso cria um ritmo quase regular, mas rápido, que pode resultar em um desempenho cardíaco menos eficiente.

Assim como na Fibrilação Atrial, alguns indivíduos com Flutter Atrial podem não ter sintomas. Outros podem experimentar palpitações, fadiga, falta de ar ou tontura. O Flutter Atrial, se não for tratado, pode levar a complicações graves, incluindo acidente vascular cerebral e insuficiência cardíaca.

As opções de tratamento para o Flutter Atrial incluem medicamentos para controlar a frequência cardíaca, para prevenir a formação de coágulos, e procedimentos médicos como a cardioversão ou a ablação cardíaca. A escolha do tratamento varia de acordo com as características individuais de cada paciente.

 

03.

Taquicardia Paroxística Supraventricular (TPSV)

A Taquicardia Paroxística Supraventricular (TPSV) é um tipo de arritmia cardíaca que começa em uma parte do coração acima dos ventrículos, daí o termo “supraventricular”.

Esta condição faz o coração pulsar de forma acelerada, podendo causar sintomas como palpitações, batimentos perceptíveis na região do pescoço, falta de ar, tontura, cansaço e, em casos mais raros, desmaios.

Comumente vista em crianças e jovens, a TPSV é um dos tipos de arritmia mais frequentes nessa faixa etária. Embora as causas possam ser variadas, muitas vezes a condição está ligada a alterações elétricas no coração que aumentam a predisposição e a batimentos fora do ritmo normal que atuam como gatilhos, desencadeando os episódios de TPSV.

Apesar de poder causar desconforto, a TPSV geralmente é uma condição mais benigna, especialmente quando se manifesta em pessoas que não possuem outras doenças cardíacas.

Embora os episódios de TPSV possam terminar espontaneamente, existem tratamentos disponíveis para controlar a condição e aliviar os sintomas, como manobras para reversão, medicamentos para prevenir as crises ou procedimentos como a ablação por cateter, que pode ser curativa.

04.

Taquicardia Ventricular (TV)

A Taquicardia Ventricular (TV) é uma arritmia cardíaca que se origina nos ventrículos, as câmaras inferiores do coração, levando a um ritmo cardíaco extremamente acelerado.

Este ritmo rápido pode interferir na capacidade do coração de bombear sangue adequadamente para o resto do corpo, o que pode resultar em sintomas como palpitações, tontura, desmaios, e, em casos mais graves, pode causar uma parada cardíaca.

A TV geralmente é considerada uma condição médica de emergência que necessita de atenção imediata. O tratamento para a TV tem como objetivo restaurar o ritmo cardíaco normal e pode envolver o uso de medicamentos, a implantação de dispositivos como cardiodesfibriladores implantáveis (CDIs) e procedimentos como a ablação por cateter.

É importante destacar que a TV é mais comum em pessoas que já possuem doenças cardíacas, como a doença arterial coronariana e a cardiomiopatia. Contudo, também pode ocorrer em pessoas com corações estruturalmente normais. Independentemente da causa, é crucial um acompanhamento médico rigoroso para o manejo adequado da Taquicardia Ventricular.

05.

Bradicardia Sinusal

A Bradicardia Sinusal é uma condição em que o nó sinusal – a estrutura do coração que atua como um marcapasso natural – produz uma taxa de batimentos cardíacos mais lenta do que o normal.

Em um adulto saudável, a frequência cardíaca em repouso varia geralmente entre 50 e 100 batimentos por minuto. Na Bradicardia Sinusal, essa taxa cai para menos de 50 batimentos por minuto.

Este tipo de bradicardia pode ocorrer naturalmente em indivíduos fisicamente ativos, como atletas, ou durante o sono. Nessas situações, geralmente não é motivo de preocupação. No entanto, em outros casos, pode ser um sinal de problemas no funcionamento do coração ou uma resposta a certos medicamentos, como os betabloqueadores.

Os sintomas da Bradicardia Sinusal podem incluir fadiga, tonturas, desmaios, falta de ar ou intolerância ao esforço. No entanto, muitas pessoas com Bradicardia Sinusal não apresentam sintomas perceptíveis.

O tratamento depende da causa e da gravidade dos sintomas. Se a Bradicardia Sinusal estiver causando desconforto significativo ou colocando o paciente em risco, o médico pode sugerir a implantação de um marcapasso para regular a frequência cardíaca. Em outros casos, pode ser suficiente monitorar a condição ou ajustar qualquer medicação que possa estar contribuindo para a bradicardia.

06.

Bloqueio Atrioventricular (BAV)

O Bloqueio Atrioventricular (BAV) é uma condição na qual ocorre uma interrupção ou atraso na condução elétrica entre as câmaras superiores (átrios) e inferiores (ventrículos) do coração.

Isso é causado por um problema nas vias elétricas do coração, que normalmente enviam sinais para coordenar a contração do músculo cardíaco.

O BAV pode ser classificado em três graus: Primeiro Grau, Segundo Grau e Terceiro Grau (ou Bloqueio AV Completo). No Primeiro Grau, há um atraso na transmissão dos sinais elétricos, mas todos alcançam os ventrículos. No Segundo Grau, alguns sinais não atingem os ventrículos, e no Terceiro Grau, nenhum sinal atinge os ventrículos.

Os sintomas do BAV podem variar dependendo da gravidade do bloqueio e podem incluir fadiga, tontura, falta de ar, desmaios ou, em casos graves, insuficiência cardíaca ou parada cardíaca.

O tratamento para o BAV depende do seu grau e dos sintomas associados. Os bloqueios de Primeiro e Segundo Grau muitas vezes não requerem tratamento a não ser que sejam sintomáticos ou apresentem algum sinal de gravidade, mas o Bloqueio AV Completo é uma condição séria que pode necessitar de um marcapasso para regular a frequência cardíaca. Em todos os casos, é crucial um acompanhamento médico especializado rigoroso para monitorar e gerenciar a condição.

07.

Extrassístoles

As Extrassístoles são batimentos cardíacos extras que alteram o ritmo cardíaco normal, geralmente experimentados como uma “falha” ou uma sensação de “batida extra” no peito.

Esses batimentos extras podem ocorrer nos átrios ou nos ventrículos do coração, sendo chamados, respectivamente, de Extrassístoles Supraventriculares ou Extrassístoles Ventriculares.

As Extrassístoles são comuns e podem ocorrer em pessoas saudáveis, muitas vezes sem causar sintomas ou problemas de saúde. No entanto, em alguns casos, podem ser sentidas como palpitações ou desconforto no peito. Além disso, em pessoas com doenças cardíacas ou em casos onde as extrassístoles são muito frequentes, elas podem levar a um prejuízo progressivo do coração ou indicar um risco aumentado de arritmias mais graves.

O tratamento geralmente não é necessário, a menos que as Extrassístoles sejam frequentes, sintomáticas ou associadas a dilatação progressiva do coração ou a uma doença cardíaca já existente. Nesses casos, o tratamento pode incluir o combate da causa ou uso de medicamentos para regular o ritmo cardíaco. Em alguns casos, pode ser recomendado um procedimento chamado ablação por cateter. É importante discutir qualquer sintoma com um médico para determinar o melhor curso de ação.

08.

Fibrilação Ventricular (FV)

A Fibrilação Ventricular (FV) é uma arritmia cardíaca grave e potencialmente fatal, que se caracteriza por batimentos rápidos e caóticos originados nos ventrículos, as câmaras inferiores do coração.

Nesta condição, os ventrículos ‘tremem’ em vez de contrair, impedindo a circulação eficaz do sangue para o corpo e cérebro.

Os sintomas da FV são extremos e incluem perda súbita de consciência e ausência de pulso. Essa condição é uma emergência médica que requer atendimento imediato, pois pode levar a uma parada cardíaca e morte dentro de minutos.

As causas da FV incluem doença arterial coronariana, infarto do miocárdio, cardiomiopatia e doenças genéticas, entre outras. Em muitos casos, ocorre em pessoas com doença cardíaca significativa, embora também possa ocorrer subitamente em pessoas sem doença cardíaca conhecida previamente.

O tratamento imediato para a FV envolve ressuscitação cardiopulmonar (RCP) e choques elétricos ao coração usando um desfibrilador. Medicações também podem ser utilizadas para tentar restaurar o ritmo normal do coração. Para prevenir a ocorrência futura de FV em casos recuperados, podem ser recomendadas intervenções como medicamentos, cirurgia, dispositivos implantáveis como cardiodesfibriladores implantáveis (CDIs) ou procedimentos como a ablação cardíaca. É fundamental a avaliação e acompanhamento com um especialista em arritmia.

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